Que a IA está atuando nas decisões que impactam negócios e nas discussões sobre o futuro do trabalho não é novidade para ninguém.
Não à toa, o Fundo Monetário Internacional alertou que até 40 % dos empregos no mundo podem ser afetados pela IA.
Isso gera medo, e com razão. Mas também revela algo importante: estamos diante de uma transformação estrutural, não apenas de uma substituição pontual.
E onde há transformação, há OPORTUNIDADE.
O jornalista Robert Capps, ex-diretor editorial da revista Wired, publicou recentemente uma análise contundente no The New York Times Magazine. Em vez de reforçar o discurso do colapso, ele propôs uma visão alternativa:
A IA também pode ser uma geradora de novas carreiras, mais humanas do que se imagina, nas quatro áreas onde os humanos continuam insuperáveis:
- Relacionamento e confiança
Num ambiente automatizado, conexões genuínas são ainda mais valiosas.
Cargos emergentes: Especialista em Experiência do Colaborador; Facilitador de Comunidades; Consultor de Saúde Mental no Trabalho - Pensamento estratégico e criação de valor
A IA analisa, mas quem decide o que vale a pena fazer, e por quê, é o humano.
Cargos emergentes: Diretor de Crescimento Sustentável; Consultor de IA Estratégica; Curador de Conhecimento Organizacional - Criatividade e imaginação aplicada
Ferramentas podem gerar ideias, mas originalidade, repertório e intuição estética seguem sendo ativos humanos.
Cargos emergentes: Designer de Realidade Imersiva; Roteirista para Assistentes Virtuais; Arquiteto de Experiências de Marca - Ética, impacto e governança
Quanto mais poder se dá à tecnologia, mais precisamos de critérios humanos para guiá-la.
Cargos emergentes: Conselheiro de Ética em IA; Especialista em Inclusão Algorítmica; Auditor de Viés Tecnológico
A economia da inovação
A narrativa de que a IA vai exterminar empregos é comum, e até verdadeira. Mas não podemos olhar só para o desafio. Onde há treva, há luz. O relatório do World Economic Forum 2025 projeta:
• 9 milhões de empregos eliminados até 2030 por IA e tecnologias emergentes
• 11 milhões de novos empregos criados no mesmo período
Ou seja, não se trata apenas de temer ou criticar a IA. Trata-se de saber se reposicionar dentro dela. Como destacou Aneesh Raman, executivo do LinkedIn, 70 % das habilidades exigidas hoje mudarão até 2030.
É uma revolução nas possibilidades de entrada e movimentação no mercado.
Com a IA como suporte, até iniciantes ganham espaço para pensar de forma estratégica desde o início. Isso muda a lógica do trabalho e valoriza diferenciais simbólicos, estéticos e relacionais. Para os sêniores, o papel da liderança também muda: times menores exigem líderes que dominem ferramentas, participem da execução e usem a IA para agir com mais agilidade, menos desgaste e decisões mais inteligentes.
O próprio Capps sintetiza com precisão:
“As novas oportunidades estarão reservadas a quem souber combinar responsabilidade, criatividade e estratégia.”
Nesse novo mundo, desenvolver inteligência estética, ter coerência e capacidade de julgamento pode valer mais do que saber programar.
Planejando os próximos passos
Com ou sem IA, pensar estrategicamente os próximos passos da sua carreira é uma forma de largar na frente, principalmente se você deseja aproveitar com inteligência as oportunidades que a tecnologia está abrindo.
Nesse cenário, três movimentos tornam-se cada vez mais urgentes:
• Projetar sua marca pessoal com clareza, para que o mercado entenda seu valor antes mesmo de uma entrevista.
• Aplicar a IA à sua rotina de forma estratégica, aumentando produtividade e qualidade de decisões.
• Fortalecer sua presença digital com intenção, especialmente em espaços como o LinkedIn, onde as decisões profissionais realmente circulam.
Aqueles que fizerem isso com consistência estarão mais bem posicionados para ocupar não apenas novos cargos, mas um novo lugar no mercado.
Se quiser mergulhar na lista completa dos 22 novos empregos mapeados por Robert Capps e entender os bastidores dessa transformação, acesse o artigo original:
👉 A.I. Might Take Your Job. Here Are 22 New Ones It Could Give You – The New York Times Magazine
Forte abraço
